30.6.06
O Exame (2ª Parte)
(*Mestre de Santiago, o comandante do exército castelhano.
**Batalha de Valverde.)
Foi Há Vinte Anos!
29.6.06
Acender o Mundo
No Sítio Certo, Na Hora Certa
Estamos Em Guerra?
Pauleta
Se souber um bocadinho da história de Portugal,
verá que Portugal não tem medo de ninguém”
Pauleta, respondendo a um jornalista húngaro in "O Jogo" 06.06.29
28.6.06
Os Pobres Que Paguem a Crise (da Educação)
Os (pequenos) grandes predadores
Bolas
27.6.06
2 + 2 = 4
A história repete-se. Primeiro como tragédia, depois como comédia, ou farsa. Boa notícia do dia: a Espanha foi eliminada. Má notícia do dia: a França apurou-se para os quartos. Vai eliminar o Brasil, após Figo & Companhia eliminarem igualmente a Inglaterra. E, depois de 84 e de 2000, voltamos a encontrar-nos nas meias-finais de uma grande competição. Será altura de acertar as contas.
"Aprender, aprender, aprender sempre!" (Vladimir Ilitch Ulianov)
Mais um tijolo, com um sorriso
26.6.06
Emoção
25.6.06
TPC (em desenvolvimento)
Um par de violino não é um casal com um stradivarius. É um modo de bandarilhar (e dar de novo?).
Os Nihilistas
Afinal, o tamanho conta!
Conflito de Gerações
O fiel jardineiro
Martin Adler
Ginástica & Metereologia
A Última Grande Reportagem
24.6.06
No Tentadero do Cabo da Lezíria
Não, não é possível entender como o picador espeta a vara no bicho, tingindo-lhe de vermelho vivo o dorso negro, enquanto os marialvas arrotam cerveja e comentam a faena. Dizem-me que é para “tirar nobreza ao toiro”, para o tércio da muleta. “Aos que têm mais pata” dá-se-lhes “mais de uma varada”.
A propósito de qualquer coisa ...
Censura é o uso pelo estado ou grupo de poder, no sentido de controlar e impedir a liberdade de expressão. A censura criminaliza certas acções de comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. No sentido moderno, a censura consiste em qualquer tentativa de suprimir informação, opiniões e até formas de expressão, como certas facetas da arte.
O propósito da censura está na manutenção do status quo, evitando alterações de pensamento num determinado grupo e a consequente vontade mudança. Desta forma, a censura é muito vulgar entre certos grupos, como certas religiões, multi-nacionais e governos, como forma de manter o poder. A censura procura também evitar que certos conflitos e discussões se estabeleçam.
A censura pode ser explicita, no caso de estar prevista na lei, proibindo a informação de ser publicada ou acessível, após ter sido analisada previamente por uma entidade censora que avalia se a informação pode ou não ser publicada (como sucedeu na ditadura portuguesa através da PIDE) , ou pode tomar a forma de intimidação governamental ou popular, onde as pessoas têm receio de expressar ou mostrar apoio a certas opiniões, com medo de represálias pessoais e profissionais e até ostracismo, como sucedeu nos Estados Unidos da América com o chamado período do McCartismo .
Pode também a censura ser entendida como a supressão de certos pontos de vista e opiniões divergentes, através da propaganda, manipulação dos média ou contra-informação. Estes métodos tendem a influenciar e manipular a opinião pública de forma a evitar que outras ideias, que não as predominantes ou dominantes tenham receptividade.
Uma forma moderna de censura prende-se com o acesso aos meios de comunicação e também com as entidades reguladoras (que atribuem alvarás de rádio e televisão), ou com critérios editoriais discricionários (em que por exemplo um jornal não publica uma determinada notícia).
Muitas vezes a censura se justifica em termos de proteção do público, mas na verdade esconde uma posição que submete os artistas ao poder do estado e infantiliza o público, considerado como incapaz de pensar por si próprio.
Actualmente a censura pode ser contornada mais eficazmente, com o recurso à Internet, graças ao fácil acesso a dados sem fronteira geográficas e descentralizado e aos sistemas de partilha de ficheiros peer-to-peer, como a Freenet.
O uso cotidiano da censura promove um movimento de defesa bastante corrosivo que é a auto-censura, quando os produtores culturais e formadores de opinião evitam tratar de questões conflitivas e divergentes.
in Wikipedia
23.6.06
Deste Lado do Espelho
O homem olha-se no espelho e acaricia o queixo com a lâmina.
A Leste do Paraíso!
22.6.06
Blogues e Memórias de Papel
E o que a malta se divertia, com as fotocópias, na nossa mesa de café?
Manhã Submersa 4 (fábula)
Pedagogia da Tanga
A recomendaçäo aprovada esta tarde pelo PSD, que tem maioria na AML, sustenta que "algumas empresas têm vindo a tirar algum aproveitamento deste patriotismo genuíno, imprimindo na bandeira nacional o nome das suas marcas", durante a participaçäo da selecção portuguesa no campeonato mundial de futebol na Alemanha.
Sublinhando que a bandeira nacional é "o símbolo máximo da naçäo, protegido por lei", a AML recomenda à autarquia que, "numa perspectiva pedagógica mova os meios possíveis para que sejam removidas todas as bandeiras nacionais expostas em espaço público que tenham qualquer mençäo a marcas, produtos, bens e serviços".
"A marca nacional estar confundida com uma marca comercial é um desaforo. A Assembleia Municipal tem de manifestar o seu repúdio", defendeu o deputado social-democrata Vítor Gonçalves.
Para o CDS-PP, o importante é "respeitar o símbolo, mas sem fundamentalismos, garantindo-se a afectividade do povo em relaçäo a ele".
Segundo a associaçäo de defesa dos consumidores (DECO), a publicidade que até agora tem sido colada às bandeiras näo viola a lei da publicidade.
No entanto, o anteprojecto do Código do Consumidor, que se encontra em discussäo pública, prevê a proibiçäo de utilizaçäo de publicidade em símbolos nacionais como a bandeira e o hino, como tem sucedido nos últimos dias a propósito do Mundial de Futebol.
Há mais Mundo para além do Mundial
Lembram-se do "banho de sangue" na Casa Pessoa? Parece que é necessário levar o pelotão de fuzilamento às terras de Racine, Voltaire & Companhia! (E, vai-se a ver, a França nem se apura para os oitavos!).
21.6.06
20.6.06
Jogo Falado (de José Marinho a José Mourinho, e vice-versa)
Nisto do futebol, como em quase tudo na vida, não se pode agradar a gregos e a troianos. Comentando os comentadores televisivos dos jogos de futebol, um dia destes, na Sala de Professores, no intervalo das reuniões de avaliação do final do ano lectivo, os colegas de Educação Física presentes criticaram severamente o estilo do José Marinho. Porquê? Porque se farta de usar, no seu discurso, imagens e metáforas que não têm nenhuma relação com o jogo em si. Uma linguagem amadora, poética (que pecado!), entusiasmada, subjectiva, nada técnica. Entendo, mas estou em completo desacordo. Eu vibro com o futebol por causa da sua extraordinária dose de imprevisibilidade, beleza e genialidade, tanto individual como colectiva. Não por causa dos aspectos técnicos ou dos esquemas tácticos, ou do estafado 4-4-2, ou do incongruente 3-1-5-1, ou o diabo a sete. Por isso me divirto tanto com aquilo que irrita os meus colegas de Educação Física, grandes admiradores de José Mourinho: os comentários excêntricos do José Marinho (de resto, parece-me que o estilo cerebral, rigoroso e matemático de Mourinho não prescinde das noções de imprevisibilidade e de imponderabilidade e equilibra, nessa medida, uma dimensão psicológica com a dimensão técnica em sentido estrito). Que pensarão os meus colegas de Educação Física dos comentários do Inglaterra - Suécia de hoje à noite? Um jogo repartido (uma parte dominada por cada uma das equipas) e, logicamente, empatado no final: 2 - 2. Eis a síntese sugestiva, em jeito de remate final, do supra-referido Marinho: "Uma primeira parte para inglês ver; e uma segunda parte que foi uma grande suecada!" A muitas milhas, portanto, da grande seca(da) dos experts que não se calam durante o jogo, e cujas invenções mais notáveis são a "pressão alta" e o "vértice do triângulo". Quanto a mim, chega de lições de física e de geometria. Não é pela poesia (épica!) que sabemos dos gregos e dos troianos? É claro que sim! Então venham de lá essas estrofes, José!
Português B
O inspector Ponto e Vírgula segurou Epífora pelo colarinho e entrou de rompante no gabinete. “Ei-la, sra. ministra!” rosnou na direcção da secretária. “Tem a certeza que é a agitadora?” questionou a responsável, recostando-se na cadeira. “Positivo, positivo!”, retorquiu o inspector, abrindo as pernas, num jeito marcial e logo acrescentando: “Quer ver?”. A ministra acenou com a cabeça e Ponto e Vírgula pontapeou Epífora na dobra do joelho direito, fazendo-a tombar na alcatifa grená. “Não te faças de santinha!” avisou, com voz de autoridade. “A puta que te pariu!” respondeu-lhe, numa figura de estilo pouco imaginativa mas quase sempre eficaz. A mão pesada de Ponto e Vírgula cortou o ar e acertou uma sonora galheta sobre a orelha direita da detida, que desabou aos pés da secretária, desatando num berreiro: “Ministra para a rua! Ministra para a rua! Ministra para a rua!”. Do outro lado da secretária, a ministra fez um gesto de enfado e, girando na cadeira em direcção à janela, disse secamente: “Pode levá-la!”. Ponto e Vírgula ergueu Epífora por um braço, torcendo-o de seguida, atrás das costas, e empurrou-a para a porta, por onde espreitava o agente Parágrafo. “Não fiques aí especado, com cara de pleonasmo, pá! Traz o carro para a porta lateral, que temos que pôr esta a conjugar aos quadradinhos!”
Os Portugueses
Há 3 tipos de portugueses: os que vão ver o jogo de amanhã porque querem e podem; os que não vão ver o jogo porque não querem e os que não vão ver o jogo porque não podem. Eu estou no último grupo: enquanto a selecção estiver a defender as cores da nação em Gelsenkirchen, terei o prazer de estar a servir o país no meu local de trabalho. Mas, por favor, não me venham com a filosofia do trabalho e do cognac... Para isso, já bastam os deputados!
19.6.06
O Senhor (Rui) Tavares
"Diz-se que trinta segundos de abalo sísmico parecem, à pessoa que os vive, intermináveis. Mas vieram trinta segundos e passaram trinta segundos, e mais trinta e mais trinta. A determinada altura o abalo deteve-se por um pouco, permitindo uma certa respiração aos lisboetas. Mas esta interrupção, e mesmo uma segunda, duraram apenas alguns segundos. O regresso dos abalos era mais forte ainda e a reacção das pessoas, que no primeiro embate parece ter sido mais de espanto, deve ter passado rapidamente ao pânico. O que se passava afinal? Os sismos fortes em Lisboa não eram tão comuns que permitissem a uma geração ter disso memória recente. Havia, evidentemente, uma reminiscência colectiva do terramoto de 1531 - o outro grande terramoto de Lisboa -, mas 1531 estava a uma distância quase tão grande como a que nos separa de 1755." (pp. 75/76)
Captação do pormenor significativo. Olhar objectivo e subjectivo sobre os acontecimentos. Oscilação entre a referência individual e a colectiva. A relação do passado com o nosso presente. Etc. E assim se descobre mais um autor (de resto, os Tavares, Rui ou Gonçalo M., estão em alta no panorama literário português!). Que nos afasta do futebol (não vi de novo a Espanha...) sem precisar de dizer mal dele. Basta ter talento e escrever com um prazer tão evidente que é difícil resistir-lhe. Bola ao centro. Entrem no jogo. E aproveitem!
A Leitura
Na manhã ofuscada, um falcão sobrevoou tudo isto. Agora que a tarde se vai demorando, os sons de fundo são os tiros das caçadeiras. Predadores e presas uns dos outros, e de si mesmos. A luz corta a direito, por entre os ramos altos dos pinheiros. Como se chamam as outras árvores? E os pássaros escondidos nelas? Os insectos que zumbem? Tento pôr a leitura dos jornais em dia, mas o vento não deixa. Levanta as folhas, dobra-as, empurra-as largamente das minhas mãos. Obriga-me a levantar os olhos das letras e a olhar, com toda a atenção, o livro cheio de vocábulos verdes, azuis e cinzentos que se abre aqui, agora, à minha frente. Saberei, de facto, ler?
Moldura Humana
A foto, de Pedro Ferrari – Lusa, ilustra a notícia que leva por título “Avó e pai de Vanessa condenados a 18 e 14 anos e nove meses de prisão”. Para legenda, os editores do jornal escolheram a seguinte frase: “Afluência – Mais uma vez os moradores estiveram em peso na sala de audiências do Tribunal de S. João Novo para assistir à condenação dos seus antigos vizinhos”.
Do lado esquerdo da mulher com o casaco-bandeira (ainda na perspectiva do leitor) está uma mulher gorda, a quem uma blusa de alças com riscas horizontais faz ainda mais gorda. Também tem a boca aberta mas num jeito de falta de ar, olhos cravados na lente do fotógrafo. Do outro lado da mulher-bandeira está uma mulher mais nova com uma camisola igualmente às riscas a deixar surgir a barriga, logo acima dos jeans. Tem a cabeça de lado, a boca aberta, deixando ver a fileira dos dentes de baixo. Os olhos estão fechados e o braço direito ligeiramente erguido acima da cabeça, de modos que parece dançar. A fechar o friso principal da indignação, outra mulher larga, com uma blusa preta de manga curta e um fio dourado com duas medalhas a pular, imóveis, sobre o peito XXXL. Também tem a boca escancarada, num esforço que lhe enruga a testa, mas os olhos estão cravados na mulher-bandeira, como quem grita ao desafio.
Em segundo plano há outras pessoas, homens e mulheres. Um aponta, outro sorri, aquela faz uma careta misteriosa, mais sorrisos, lá no fundo. Espectadores, participantes numa novela da vida real, “moradores em peso” para assistir e comentar. Acredito que alguns, de forma genuína, queiram demonstrar público repúdio pela morte da criança. Estou convencido que outros teriam optado pela final do “Dança Comigo”, no Campo Pequeno, se pudessem escolher.
18.6.06
Vai desejar factura?
17.6.06
16.6.06
A Tempestade
Fotografia Ligeiramente Desfocada Na Terra Do Nunca
15.6.06
O Abismo
Bolas de Granizo
Os céus castigaram as uvas no Alto Douro. Dois portugueses carregaram um buda de 95 quilos até à Alemanha, para a festa do futebol. Os trabalhadores da Opel gostavam de jogar até à final. Sócrates, em Bruxelas, diz que só fala da Europa. Golo?
O Intervalo
- Fala Charitos.
14.6.06
(Ainda) O Presidente & Os Símbolos
"Entre os homenageados pela Presidência da República, na cerimónia de ontem em Serralves, estava Diogo Bandeira Freire: o menino que, em 1974, aparece a meter um cravo numa G3. Uma imagem da Revolução de Abril que perdura na memória de muitos. O menino, ícone de Abril, emigrou há 18 anos para Inglaterra, onde agora é director financeiro numa empresa de distribuição. E, para espanto de muita gente, pertence ao partido dos abstencionistas: tem 35 anos e nunca votou, nem em Portugal, nem nas municipais em Inglaterra. Dos políticos portugueses, Diogo Bandeira Freire, que promete repensar a sua atitude nos actos eleitorais, apenas destaca um, precisamente o que o convidou a participar pela primeira vez no Dia de Portugal."
Manhã Submersa 3
Depois de tanto calor, os dias começaram a ficar mais frescos, cinzentos. Tudo culminou de madrugada: trovões, relâmpagos, fortes cargas de água. A C. acordou, ficou assustada. De manhã, diz-me que não se lembra de coisa assim nos últimos anos. Eu digo-lhe que exagera, que tem fraca memória. Os planos de fim-de-semana parecem ir por água abaixo, o que é pena. Vamos esperar por melhorias... Mas eu que gosto tanto das chuvas de Verão!
Manhã Submersa 2
Aula de Literatura Portuguesa, ontem à tarde. Visionamento do filme, Manhã Submersa (1980), de Lauro António, a partir do romance homónimo de Vergílio Ferreira. Como já acontecera em outra ocasiões, os rapazes e as raparigas dividem-se completamente na sala: elas para a esquerda, eles para a direita. O que diria o narrador, o António Santos Lopes, o Borralho, disto? O filme sublinha, de forma clara, a ideia da repressão da sexualidade dos jovens seminaristas. E, como seria de esperar, os jovens alunos de hoje, mesmo não (tão?) reprimidos, são muitíssimo sensíveis a este ponto do filme (também do romance, mas as imagens são, claro, mais imediatas que as palavras...). Cenas mais apreciadas? Três: pela sua dimensão dramática, a elipse final, da auto-mutilação do protagonista; e duas cenas de natureza sexual: o Dr. Alberto com Carolina, a criada, vistos de relance, pela porta entreaberta; e a cena entre a mesma Carolina e António, na cozinha, quando o rapaz espreita os seios da jovem mulher enquanto come a sopa. É então que ela pergunta, em jeito de troça "- Já te apetecia, não?". Sim, foi a frase mais repetida, por entre risos e gargalhadas, no átrio da escola, logo após a aula. Por eles e por elas. Nisto não houve separações, nem divisões para a esquerda e para a direita. Estavam todos misturados... E, pelos vistos, alguma coisa decoraram do romance...
Manhã Submersa 1
Literatura Portuguesa. Ficção contemporânea: Manhã Submersa, de Vergílio Ferreira (1955). Uma história de aprendizagem, narrada na perspectiva de um rapaz de 12 / 13 anos, o António Santos Lopes, o Borralho (uma espécie de projecção das vivências do próprio Vergílio Ferreira). O romance denuncia, a partir de uma experiência de Seminário, a contradição entre os valores e as práticas religiosas e clericais na província, atrasada e conservadora, dos anos 30 / 40 portugueses (quando o elogio abstracto do amor cristão se manifesta na prática quotidiana como violência concreta sobre os seminaristas). Há ainda a denúncia da opressão que uma instituição rígida, com as suas regras e hierarquias, exerce sobre o indivíduo, especialmente fragilizado porque criança ou adolescente. Pode ler-se, aqui, claro, uma denúncia política mais vasta, do Estado Novo salazarista, de que o Seminário é a maqueta ou o microcosmos. Mas o romance mostra também como a liberdade e a libertação são possíveis, ainda que com custos elevados (o sacrifício da auto-mutilação final do protagonista). Aliás, a existência do romance é a melhor prova de sobrevivência que se pode apresentar: ele foi escrito por alguém (António / Vergílio Ferreira) que sobreviveu para contar a história. Um romance excepcional, do melhor que o autor escreveu (portanto, do melhor que a literatura portuguesa pode apresentar). Pelo que este post é um convite à leitura. A história (não o romance...) começa assim: "Tomei o comboio na estação de Castanheira..." Dispostos para a viagem?