4.5.06

A Vida Amorosa dos Homens

Aos 36, ainda em casa dos pais, diz-me que vive melhor que muito milionário. "Não tenho tanto dinheiro, mas também não me preocupo com nenhuma fortuna!" Nova Iorque, Amesterdão, Tóquio, foram as cidades de férias nos últimos três anos. Hoje diz-me que neste Verão não viajará para Havana, como tinha planeado. Está a construir casa nova, na Aroeira. "Não vou a Cuba, e ponho umas portas à maneira lá em casa!". Pensa "juntar-se" depois da casa pronta, e de 11 ou 12 anos de um namoro muito pouco tradicional. "Tenho-me portado como um cordeirinho. Tudo arrumado. Louça lavada. Se não, ela não quer...". Rimo-nos. Falamos de filhos, dos meus. E dos dele, apenas desejados, por agora. Passa-me o telemóvel para as mãos e mostra-me o sms que ela lhe enviou. Leio no pequeno ecrã luminoso: "Boa tarde poesia". "Apago?", pergunto, a provocar. "Não, esse não!". Devolvo-lhe o aparelho. Embora não haja ninguém por perto, baixa os olhos e a voz, e diz-me "Mandei-lhe uma mensagem...". Mas não me revela qual. E eu também não pergunto.

2 comentários:

j disse...

... a) é muito estranha
... b) não tem nada de especial
... c) é muito diferente da dos macacos
... d) não pode ser comparada com a das plantas
... e) é uma chaleira ao lume
... f) é uma pintura abstracta
... g) não sabe / não responde

PB disse...

g