16.4.06

Saco do pão

Aventuras de um rapaz da cidade no campo.

Reparamos que quase todos têm um saco do pão. Uns seguram-no, dobrado, na mão, outros, debaixo do braço e há quem tenha o saco pendurado, a baloiçar, pelo cordel. Uns sacos são de tecido quadriculado (vermelho e branco e de outras cores), noutros há promessas de bonecos ou a sobriedade de um padrão liso. O relógio ronda a uma da tarde e os presentes espalmam-se contra a parede, junto à estrada que corta Terena, procurando refúgio na estreita margem de sombra.
- Boa tarde!
- Boa tarde.
- Estão à espera do pão?
- É verdade, não tarda...
- O pão deve ser bom, está aqui tanta gente!
- Está aqui muita gente porque este é o único sítio onde se vende.
- Ah!...
- Mas o pão é bom...

(vinte minutos depois, verificamos que o pão só chegava para as encomendas)

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