25.4.06

25 de Abril


Pela primeira vez, os quatro na rua, na noite de 24 para 25 de Abril. Fomos ver a noite, as pessoas, o Fausto e o fogo de artifício. A noite, esplêndida. O povo, na marginal junto ao rio: passeando, falando, umas cervejas frescas, uma bifanas; os putos a correrem. Revejo velhos conhecidos: Augusto, Ladislau, vários outros. Perguntam por vocês. O espectáculo começa mas, com os rapazes cá de casa, pouco batidos em comemorações, o sono e o cansaço também. Não desistimos, descansamos no murete da avenida. Aguentamos firmes, embora mais longe do palco, até ao fim. Uns minutos antes da meia-noite, a música de Fausto e de José Afonso ("Grândola") cede o lugar ao discurso, breve, do Presidente da Câmara que recorda Abril e a sua generosidade, mas também torna presente o presente e o futuro (solidariedade com os trabalhadores despedidos da fábrica Alcoa, necessidade de um Hospital no concelho, o metro de superfície...). Mas o povo já só pensa no fogo-de-artifício, que aparece um pouco depois da chegada deste dia 25 de Abril, com estrondo e maravilhamento: Aaaaah! Que lindo! A festa acabou há pouco, os rapazes já estão na cama, mas a luta continua. Por nós, por eles. Por uma nova "terra da fraternidade".

Sem comentários: