10.4.06
Os 10 álbuns da (nossa) vida: 4 / 10
Houve em mim, recordando agora as peripécias de um certo Verão a Sul na minha adolescência, uma perigosa inclinação para escolher um disco considerado menor na obra da banda rock da minha vida (sou assim, penso que seria bom que fossem aceitando o facto...): Under a Blood Red Sky. Mas, tendo de escolher, opto sem mais dúvidas pelo álbum de Berlim, dois anos depois da queda do Muro, cinco anos antes de eu aí ter passado 15 dias de puro fascínio por uma cidade que espero revisitar um destes anos (o próximo?). Disco de canções inesquecíveis, poderosas, complexas, que são também afirmações políticas num meio - o musical - que vive da superficialidade e da frivolidade que, simultaneamente, Bono encarna e caricaturiza. No entanto, o melhor do disco são as canções de amor: One (ainda me lembro da primeira vez que, em casa dos meus pais, estarrecido, vi/ouvi o vídeo-clip, a preto e branco, com os bisontes a correr em câmara lenta na pradaria e o "1" a aparecer em múltiplas línguas), So Cruel, Love Is Blindness... Sim, cuidado, baby. Porque o amor é cego.
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