14.4.07

Lapsus linguae

Ao balcão da cozinha conversam sobre trivialidades, a escolha de certo vocábulo para um poema, os talheres por dispôr na mesa, a garrafa de vinho. Ela passa por água as folhas de alface e a pele fresca do tomate, ele corta as laranjas ao meio, passa as duas metades pelo espremedor eléctrico. Fazem alguns planos para a tarde calorosa. Depois, ela chama os filhos para a mesa e ri-se, muito, do lapsus linguae que acabou de produzir. E esse riso é um pequeno lapso de tempo que parece conter, de súbito, toda a eternidade.

5 comentários:

j disse...

:-)

Anónimo disse...

É isso a felicidade! Aproveitem o tesouro que têm! Bem-hajam!
AC

Anónimo disse...

Aproveitem e conservem-no!Vai sendo raro nos temos que correm...
AC

CCF disse...

Tão bonito...respira-se paz dentro deste texto.
~CC~

CCF disse...

Tão bonito...respira-se paz dentro deste texto.
~CC~