"Gosto da tua boca quando sabe
a chocolate, a vinho tinto de Portalegre,
a mar (é sempre a mesma coisa, tem
de aparecer sempre o mar), pensando
bem gosto da tua boca sempre.
Às vezes a tua boca ri e nada sabe,
ri porque prevê a hora certa da minha alegria.
Também eu mergulho no mar, porém
logo secos ficam meus cabelos quando
me lembro que hoje é outra vez dia de S. Nunca."
Helder Moura Pereira, in "Uma Questão Nervosa", A Tua Cara Não Me É Estranha, Assírio e Alvim, 2003
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1 comentário:
Gosto dessas bocas que riem por nada.
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