Ainda não tinha metido a chave à porta e já escutara as gargalhadas familiares. Demorou a chave, estranhando algo naquele som. Não sabia se era o volume ou o timbre, talvez a velocidade com que as gargalhadas surgiam, entrecortadas por suspiros e gemidos. De repente, imaginou o pior e sentiu as pernas amolecerem. Não, ela não seria capaz! Respirou fundo e abriu a porta. Na sala, encontrou-a desalinhada no sofá, com uma agulha no braço, ligada, no outro extremo, ao televisor de plasma. No ecrã passava o genérico final do Gato Fedorento. Suspirou de alívio. Sempre tinha achado o sentido de humor dela, uma droga.
23.2.07
Sistema Venoso 1
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