Escuto passos no empedrado e a névoa que desce sobre os telhados, como um lençol. Dirás que é uma imagem poética mas é apenas a rua, quase vazia, em noite de chuva. Recolho algumas palavras desta mesa onde nos temos encontrado, a horas ímpares, como dizer que “nunca nos despedimos completamente, mesmo quando partimos sem retorno”. Releio os versos de João Cabral de Melo Neto:
contra o amor
que mastiga e cospe como qualquer boca,
que tritura como um desastre."
4 comentários:
ainda não tinha deixado aqui dito que te reconheço a escrita de há vinte anos, a distribuição das palavras, um ar que elas respiram.
que bom ter tropeçado aqui nesta ponte.
Não estarás a fazer confusão com o LP? :-)
De qualquer modo, foi bom teres tropeçado, fazendo a ponte com a linha do norte.
não, não estou. também me lembro de te ler no DN
boa memória!
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