19.3.06
Cinefilia 8
Mão à palmatória: em Jarhead/Cabeça de frasco ninguém aparentemente põe as botifarras em solo iraquiano (apenas no Kuwait); e trata-se de fuzileiros. O Troy de Peter Sarsggard é mais intrigante que o sniper de Jake G. E Sam Mendes volta ao bom cinema depois do infeliz O Caminho Para a Perdição (desculpa, pb). Melhor sequência para mim: noite de insónia na rectaguarda do private Anthony S., música desligada dos Nirvana, caminhada no escuro da camarata e pesadelo em frente ao espelho a vomitar toda a areia do deserto que se alojou no interior de si (estranho e inquietante como o banho de rosas em Beleza Americana: onde havia uma banheira, há agora um lavatório). Um filme onde um cavalo vagueia no deserto, coberto de petróleo. E arfa como um homem perdido. Um filme que começa com Bobby McFerrin (Don't worry, be happy - remember? 1988). E termina com uma janela a dar para o deserto americano.
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