29.9.06
La Dolce Vita ...
Anita Ekberg
Date of birth: 29 September 1931
Malmö, Skåne län, Sweden ... a senhora faz hoje 75 anos ... saudades do sr. Marcello Mastroianni
Ludoterapia
Um vazio caótico. Como um jogo de damas depois de um murro na mesa. Como um dominó sem pintas, um xadrez sem rei nem roque. Uma voz: sem batota, puxa o tabuleiro e arrisca um jogo.
28.9.06
Traduzir Kafka(s)
Comunidade de Leitores 3
Franz Kafka, A Transformação (A metamorfose), tradução de Álvaro Gonçalves, Assírio e Alvim, Lisboa, 2004, p. 111.
Comunidade de Leitores 2
Permaneceu de costas, as quais eram duras como uma couraça, e, erguendo um pouco a cabeça, conseguiu ver a saliência do seu grande ventre castanho, dividido em nítidas ondulações. As cobertas escorrregavam, irremediàvelmente, do alto da curva, e as pernas de Gregor, lamentàvelmente finas, comparadas ao seu tamanho primitivo, agitavam-se, impotentes, diante dos seus olhos."
Franz Kafka, Metamorfose, tradução de Breno Silveira, Livros do Brasil, Lisboa, s/d, p.9.
Título(s) do(s) Tesouro(s) (ou do(s) Besouro(s)?)
FESTA IBÉRICA na Idade média?
Ainda se gasta dinheiro a construir praças de toiros em pleno século XXI!
E a RTP (que raio de serviço público) tb gasta dinheiro a produzir e a transmitir estas MERDAS!!!!!!!!
FINDING YOU, The Go-Betweens
What would you do if you turned around
And saw me beside you
Not in a dream but in a song?
Would you float like a phantom
Or would you sing along?
Don’t know where I’m going
Don’t know where it’s flowing
But I know it’s finding you
What would you do
If you saw me driving by in a car
The quickest you’ve ever seen me spin?
Would you smile and wave
Or would you bow and get in?
Don’t know where I’m going
Don’t know where it’s flowing
But I know it’s finding you
But then the lightning finds us
Burns away our kindness
We can’t find a place to hide
Come the rainy season
Surrender to our treasons
Can we even find our tears?
Don’t know where I’m going
Don’t know where it’s flowing
But I know it’s finding you
27.9.06
Comunidade de Leitores 1
Fernando Savater, Os Dez Mandamentos no Século XXI..., Dom Quixote, p. 43.
Os Livros & As Vidas
25.9.06
Gregos & Troianos
24.9.06
23.9.06
"Fantasmas..."
Vizinhos 2
Vizinhos 1
22.9.06
20.9.06
U2 | New Year's Day | War
All is quiet on New Year's Day
A world in white gets underway
I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes on New Year's Day
On New Year's Day
I will be with you again
I will be with you again
Under a blood red sky
A crowd has gathered in black and white
Arms entwined, the chosen few
The newspapers says, says
Say it's true it's true...
And we can break through
Though torn in two
We can be one
I...I will begin again
I...I will begin again
Oh...
Maybe the time is right
Oh...maybe tonight...
I will be with you again
I will be with you again
And so we're told this is the golden age
And gold is the reason for the wars we wage
Though I want to be with you
Be with you night and day
Nothing changes
On New Year's Day
19.9.06
Um Ar Sério
Pequenos Prazeres
Rir. É o melhor remédio? Nem sempre mas, certamente, muitas vezes. Trata-se de uma comédia clássica de portas e enganos, com algumas piadas manhosas e outras com alguma graça. Não é bem o meu género mas os desempenhos de José Pedro Gomes e António Feio, que também encena, valem uma passagem pelo Villaret. Ontem foi o último ensaio geral com público. Estreia hoje.
18.9.06
Pequenos Prazeres
17.9.06
Era Uma Vez
O magnífico texto de Martin McDonagh serve a auspiciosa estreia na encenação do realizador Tiago Guedes, com um notável Gonçalo Waddington, muito bem acompanhado por Marco D'Almeida, Albano Jerónimo e João Pedro Vaz. Está no Teatro Maria Matos, até 15 de Outubro. Façam o favor de ir ver.
Crepúsculo (primeiras impressões)
Os primeiros raios de Sol não me aqueceram. Ao primeiro olhar, o jornal mais novo parece o mais antigo. Escolheram letras de tamanho grande para os textos – bom para olhos cansados, mau para aprofundar os assuntos. A manchete é uma história sem grande fôlego, ainda assim uma notícia, com o bónus de, visivelmente, ter irritado Isaltino Morais.
Na página 8, junto ao Estatuto Editorial, algumas promessas para os próximos números. Por exemplo, uma grande entrevista com o procurador Souto Moura, que talvez seja interessante. Por exemplo, As Confissões, de José António Saraiva, sobre as circunstâncias da saída do Expresso e episódios da vida daquele jornal. Falta de assunto? Mega-umbigo?
Nas penúltimas páginas, um Blogue de papel, assinado por Marcelo Rebelo de Sousa, um dos contributos com chamada de primeira página. O autor explica: “este Blogue corresponde às notas pessoais de um diário. Inesperado? Talvez. Mas será assim neste regresso aos jornais.” Cansaço.
Expresso 1 – Sol 0
16.9.06
As Raízes
Sol & Lóquio
Tanta gente a falar sózinha. Esta mulher jovem, com ar cansado, que puxa de um cigarro. Esta, mais velha, com passo rápido e um saco de jornal. Este homem, parado diante de uma montra com quadros de naturezas mortas. Será que falar sózinho é ainda falar?, pergunto eu ao outro que me completa e divide.
Salmão ou Pescada?
Tanta gente com sacos das compras, cheios de palavras. Pergunto-me, enquanto escolho o peixe: qual é, afinal, o papel dos semanários? Acabo por trazer o salmão e a pescada, que a peixeira arruma numa caixa transparente de plástico, um confortável (e pouco ecológico) desenvolvimento em relação ao tradicional embrulho de jornal.
Aurora
À cautela, opto pelas calças e saio para um café e uma visita ao quiosque.
14.9.06
Joy Division, Love Will Tear Us Apart, 1980
And ambitions are low
And the resentment rides high
But emotions wont grow
And were changing our ways,
Taking different roads
Then love, love will tear us apart again
Why is the bedroom so cold
Turned away on your side?
Is my timing that flawed,
Our respect run so dry?
Yet theres still this appeal
That weve kept through our lives
Love, love will tear us apart again
Do you cry out in your sleep
All my failings expose?
Get a taste in my mouth
As desperation takes hold
Is it something so good
Just cant function no more?
When love, love will tear us apart again
13.9.06
A Cor do Asfalto
Energias Alternativas (e tudo o vento levou)
12.9.06
Six Feet Under (à portuguesa)
"Paciência, Humildade" e Esplendor na Relva
11.9.06
11 de Setembro de 2006
NYC
10.9.06
As Chaves de Casa (Gianni Amelio, 2004)
Foi um texto de João Lopes, no "6ª" do DN de há umas (longas) semanas atrás, que chamou a minha atenção para o filme. Era um belo texto e cumpriu a sua função: deixou-me com muita vontade de conhecer o objecto que o motivou. Acabei de o ver, o filme. E é belíssimo, e muito triste. Um pai, Gianni, encontra, pela primeira vez, um filho de 15 anos. Com algumas deficiências motoras e certa instabilidade nervosa e emocional, Paolo foi abandonado pelo pai logo depois do nascimento (ficamos a saber que o parto foi a causa de morte da mãe de Paolo). Pai e filho conhecem-se no momento deste iniciar um tratamento num Hosptital de Berlim. Viajam de comboio da Itália até ao coração da Europa (os comboios estão sempre a chegar e a partir, trazendo e levando pessoas com as suas pequenas histórias de sofrimento e alegria). Paolo começa os tratamentos e vamos assistindo ao modo como ele e Gianni se vão conhecendo, encontrando e desencontrando, através de acontecimentos tão simples como dormir no hotel, tomar um banho ou comer um bife com batatas fritas. Tudo isto filmado com sensibilidade, justeza e realismo, evitando-se sempre a queda na exploração fácil da comoção ou da compaixão do espectador. Gianni Amelio consegue um filme marcado pela ideia de respeito: respeito pela história magnífica, pelas personagens, pelos actores (espantoso Andrea Rossi a fazer de Paolo!). Sem moralismos, com franqueza e frontalidade. O que, em certos momentos, leva o filme a atingir graus elevados de crueza e desassombro: por exemplo, aquele em que, numa estação de metro, a personagem de Charlotte Rampling, magnífica de contenção, depois de 20 anos a tratar com ternura e amor maternais inexcedíveis Nadine, a filha deficiente, se pergunta "por que não morre?" ela... O filme termina, depois, nos campos verdejantes da Noruega, para onde Gianni leva o filho, numa espécie de fuga que vai ter que terminar com o regresso a casa (a Itália, à normalidade das vidas e dos acontecimentos quotidianos, às famílias estabelecidas de pai e filho, necessariamente desestabilizadas pelo dado novo da sua nova relação...) que já não vemos. O pai chora sob os céus pesados da Noruega e é o filho que o acalma: "Se não chorares, deixo-te jogar PlayStation!" E isto é dito com toda a sinceridade que se tem aos 15 anos. Último ponto: a esplendorosa canção do genérico final: "Deus do Fogo e da Justiça", na voz absolutamente do outro mundo de Virgínia Rodrigues, perfeita desconhecida para mim. Diz-vos alguma coisa? "Quieto, falará!" Ouçamos, então.
8.9.06
6.9.06
Trolleys
Novidade positiva (também há!) para este ano lectivo: decido comprar um trolley para transportar o material de trabalho (livros, dossiês, cadernos...) e poupar a coluna, que começa a queixar-se dos maus tratos que lhe tenho dado. As rodas produzem sons diferentes no asfalto, no empedrado das calçadas, no chão liso dos corredores. Chego à escola e os comentários disparam: "Andas a passear o cãozinho?"; "Vais de férias outra vez?"; "Regressaste à primária?"... Digo a tudo que sim. Enquanto vão e vêm os comentários descansam as costas!
Aqui
- Para longe.
- E isso, onde fica?
- Perto.
(diálogo extraído da apresentação do filme 98 Octanas, à beira de estrear)
5.9.06
Até parece que é novidade ...
"A investigação do processo Apito Dourado detectou, pelo menos três jogos, durante a época 2003/04, em que houve manobras de bastidores para prejudicar o Benfica", escreve hoje o jornal.
De acordo com o DN, numa das partidas, entre os encarnados e o Nacional (que o Benfica perdeu por 2-3), foi interceptada uma conversa telefónica entre o empresário António Araújo e o presidente do clube madeirense, Rui Alves, sobre a actuação do árbitro Augusto Duarte.
"Manda quem pode, obedece quem tem juízo", terá dito o empresário, citado pelo jornal.
Os indícios recolhidos pelo Ministério Público (MP) neste caso passam, sobretudo, por escutas telefónicas e foram remetidos à comarca do Funchal.
O DN escreve que não conseguiu apurar se o processo seguiu para a acusação ou se foi arquivado.
Segundo o MP, uns dias antes do jogo Nacional- Benfica o presidente do clube madeirense informou o empresário António Araújo da nomeação de Augusto Duarte, indica o jornal. "Rui Alves terá pedido a Araújo para este abordar o árbitro", ao que o empresário afirmou: "Pronto, eu toco a andar mesmo", disse, chegando mesmo a contactar Augusto Duarte.
Segundo o diário, "ao mesmo tempo, o empresário ligado ao futebol e com negócios com o FC Porto ia dando conta das diligências a Pinto da Costa e a outros dirigentes do FC Porto".
"Nota o procurador Carlos Teixeira que o FC Porto tinha interesse no resultado desse jogo, já que nesta altura do campeonato, o Benfica ocupava o terceiro lugar e ainda não estava arredado da luta pelo título", indica o DN.
Também há nos autos uma conversa telefónica entre António Araújo e Luís Gonçalves, da Sociedade Anónima do FC Porto (SAD), em que o primeiro refere ter estado a "tratar com o presidente aquela situação do Nacional", afirma o jornal.
De acordo com o DN, o outro desafio que consta do processo é o Benfica-Boavista, de 18 de Janeiro de 2004.
"Segundo o MP, Valentim Loureiro, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ligou a Júlio Mouco, elemento da comissão de arbitragem, sugerindo o nome do árbitro Elmano Santos para o jogo em questão, acrescentando que não queria que fossem nomeados árbitros assistentes da Madeira e de Lisboa", afirma o diário.
Nesse contexto, João Loureiro, presidente do Boavista, contactou Carlos Pinto, funcionário da Liga, para este dar um "toque" ao árbitro. "O homem tem de ser chamado à atenção", terá dito João Loureiro.
O Boavista acabaria por perder o jogo (2-3) e Valentim Loureiro terá telefonado a Elmano Santos "bastante irado", segundo o MP.
Terca-feira, 5 Setembro de 2006, in Record
4.9.06
2.9.06
Miami (U) 2
"(...)
love the movies... love to walk those movie sets
get to shoot someone in the foot
get to smoke some cigarrettes
no big deal we kwow the score
just back from the video store
got the car and the car chase
what's he got inside the case
I want a close up of that face
here comes the car chase
MIAMI MY MAMMY
MIAMI
I bought two new suits... miami
pink aND BLUE... MIAMI
I TOOK A PICTURE OF YOU... miami
getting hot in a photo booth... miami
I said you looked like madonna
you said... maybe... said I want to have your baby... BABY
WE COULD MAKE something beautiful
something that wouldn't be a problem
at least not in... miami
some places are like your auntie
but there's no place like
MIAMI MY MAMMY"
U2, "Miami", in Pop, 1997.
Miami (Vice) 1
Os Ventos da História
O Independente (de que fui leitor irregular durante algum tempo) foi um jornal que passou anos a dizer que o Partido Comunista estava morto ou, pelo menos, a morrer. Hoje fechou as portas. Hoje, dia da inauguração da trigésima edição da Festa do Avante!. Os Ventos da História são Irónicos e Imprevisíveis...