16.7.06

Relações Luso-Alemãs 2

Com a aproximação do casamento da N. e do J., as relações luso-alemãs tenderão a intensificar-se nos próximos dias. Hoje recebemos um telefonema e a visita de F., um berlinense, adepto do Borussia de Monchengladbach e da selecção portuguesa, por quem "puxou" no último Mundial, vestindo sempre um blusão com a palavra "Portugal" nas costas, no meio das multidões de alemães que apoiavam a sua equipa nacional. Está, por duas semanas, hospedado numa pensão em Alfama, e vive espartanamente: umas sandes e umas bananas por dia, mais água, porque o dinheiro não dá para mais. Não é, claro, um alemão típico; antes pelo contrário. Conhecemo-lo em Berlim, há uns anos, e está na mesma, o que foi um bom tópico de conversa. Falámos muito de futebol (ele impressiona porque conhece, em pormenor, as vitórias e as derrotas das equipas portuguesas e gosta muito do... Benfica!), de fado (de Amália e de Carlos do Carmo), de Fátima, de Salazar e do comunismo, dos pais dele (que fugiram da desaparecida República Democrática Alemã para a antiga República Federal Alemã: "E ainda bem!", exclamou ele, sorrindo) e dos meus, do Alentejo, de bagaço e da sua primeira vinda a Portugal em 1980... Adorou a Sopa de Peixe da C. e bebeu vinho tinto de Pegões. Foi bom reencontrá-lo. Até breve.

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