30.7.06

a ir buscar o azul de

São motas de pele e osso, reduzidas ao essencial, quer dizer: metal, borracha, ferrugem, pouco mais. Cavalgam-nas homens austeros, gordos e magros, de capacetes fora de moda - daqueles redondos com umas orelhas de cabedal -, por caminhos de terra batida. Pó e casas de férias para alugar. Pão de lenha? "Depois do café, vira à esquerda." Famel, Zundapp, Casal, outro país, este mesmo. Cães de guarda, presos a longas correntes, que calam protestos ao terceiro dia. Adiante, uma piscina. Um tanque, rectificará um técnico camarário, tratando-se de turismo rural. Seja, um tanque: com mosaicos-pastilha, escadas, ligeiro declive e cloro. A ir buscar o azul do céu, diria M., pousando o gim-tónico e elogiando os aromas silvestres.

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