25.3.07

tempus fugit

“Não percas tempo!” disse-lhe a amiga, sublinhando a urgência em cada palavra. “Só te digo isto: não percas tempo!”. Ele lembrou-se das palavras dela, enquanto cuidava de acertar os relógios, um a um, vagarosamente, desfazendo tempo entre o polegar e o indicador. Lembrou-se também das palavras dele.
Quando passou pelo móvel onde repousava a velha ampulheta, parou e mirou-a, por instantes. Não resistiu: pegou-lhe no corpo de madeira, metal e vidro e deu-lhe a volta.

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