Os tios dos rapazes de quem fomos amigos. E que nos falam dos sobrinhos, ou das filhas dos sobrinhos, sem saberem que nos incompatibilizámos definitivamente com eles, por motivos que não conseguimos já determinar. Ou aquelas senhoras, agora muito velhinhas, que tomaram conta de nós no princípio de tudo. Enquanto os pais trabalhavam nas Siderurgias e as mães nas fábricas corticeiras, elas deram-nos o leitinho no biberão, mudaram-nos as fraldas, adormeceram-nos ao colo... Mas não nos reconhecem quando entramos, ao fim da tarde, nos quartos partilhados com outras velhinhas que não reconhecem os outros como nós que entram nos quartos para as visitar. Ninguém sabe muito bem o que dizer. E depois a visita acaba.
10.10.06
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2 comentários:
Quando a árvore cresce muito, estranha algumas raízes... será ?
as raízes ... sempre as raízes ... mas deve ser isso mm ... árvores grandes demais dão nisso ...
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